Inteligência das coisas cegas - Matheus Rocha

Imagem: arquivo pessoal/2019


ROCHA, Matheus. Inteligência das coisas cegas. Garanhuns: u-Carbureto, 2015.  
73 páginas 

Conheci a escrita do Matheus através do canal Redemunhando (vejam lá no youtube), e como dito no vídeo, entrei em contato com o autor para adquirir seus livros. Esse foi o primeiro que li. Inteligência das coisas cegas tem 12 contos, sendo o último o que dá título ao livro.

Com uma escrita que nos remete à Clarice Lispector e Caio Fernando Abreu, os contos apresentados retomam o nosso cotidiano e somos personagens dessa história. É impossível não nos vermos em cada um deles.

A leitura fui fluída e degustada ao longo dos dias. Uma grata surpresa pra mim.

Vou deixar aqui algumas passagens que marquei durante a leitura:

"Íamos nos separando voluntariamente das pessoas, e cada passo em direção de nós mesmos." p.20

"Não era amor, não é e não será. Amor desumaniza. Era o que tinha que ser. E o que podia ser? Eu tinha que descobrir para sofrer menos." página 46

"No escuros, as coisas não existem concretamente. Só sentindo, tocando, pegando. Existiam no momento do encontro. E só. Depois se dissolviam de novo. Não tinha nem como dizer quando. página 51

"A escuridão do quarto - ou pensava quarto, quando se deu conta de estar deitado - era espessa. Não sabia se nova ou velha. Quase sólida. Tinha a sensação de que se movimentasse qualquer coisa, ia de encontro com um negro consistente. Sólido. E solidez era uma palavra-irmã de solidão. As duas não podiam ser muito diferentes." página 51

"Mas derrubar a parede significava, também desabrigar-se. Desprendimento, descobriria depois, exige solidão." página 58

"Mas o que é o amor, se não uma série de possibilidades que emprestamos aos outros?" página 64

Tenho agora para leitura, outro livro de contos que se chama A vida útil do fim do mundo.

Quem quiser entrar em contato com o Matheus para aquisição dos livros, é só enviar mensagem pra ele. Vou deixar aqui embaixo, seus contatos:


Facebook: https://www.facebook.com/matheusrocha.cure
Twitter:@Mateosteus


Vamos conhecer nossos autores e prestigiar a literatura nacional contemporânea!




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Comentários

Eu disse…
"Não era amor, não é e não será. Amor desumaniza. Era o que tinha que ser. E o que podia ser? Eu tinha que descobrir para sofrer menos." página 46

Eu precisava ler essas palavras hoje... Apesar de acreditar que só ele: O Amor nos humanize!
O autor escreve com o coração, aprecio muito quem assim o faz!