D.Leopoldina - A história não contada - Paulo Rezzutti
REZZUTTI, Paulo. D. Leopoldina: A mulher que arquitetou a Independência do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2017. 431 páginas. (Série A história não contada, 2).
Nesse livro de Rezzutti escrito com uma narrativa deliciosa e com por base farta documentação inédita, como os diários da Imperatriz e também trechos em português dos livros do mercenário alemão Julius Mansfeldt.
Nessa biografia caminharemos com D.Leopoldina desde sua saída da Áustria, sua chegada e sua curta mas preciosa e agitada vida na nova corte. Paulo Rezzutti desmitifica a figura de mulher frágil, submissa e sem expressão política.
Sua correspondência é farta e interessante, com destaque para as cartas trocadas entre D.Leopoldina e sua irmã Maria Luísa na França. A cada vez que eu li os trechos das cartas que intercalam o passado e o presente. Ela confidenciava à sua irmã tudo o que se passava com ela, suas angústias, suas alegrias e o dia a dia no Brasil.
Passeando pelas 431 páginas você vai conhecer uma mulher culta (falava mais de um idioma), interessada por ciências, principalmente, mineralogia, e também conciliadora e que conseguia estabelecer o diálogo entre conflitos. Conselheira de Dom Pedro, por muitas vezes foi ouvida pelo Imperador, em outros momentos não.
O texto faz jus à essa grande mulher que realmente arquitetou a Independência do Brasil. Morreu jovem e por assim dizer triste com o descaso do marido e claro, seu relacionamento com a Marquesa de Santos.
Um ótimo texto para conhecer o outro lado da personalidade da Imperatriz e suas contribuições ao nosso país. A Imperatriz para sempre amada pelo povo brasileiro! (aqueles que conhecem a sua história, claro).
Uma das primeiras citações do livro, a qual eu gostei bastante:
"Na Itália, durante 30 anos sob os Bórgias, houve guerras, terror, assassinatos, sangue. Eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci, a Renascença. Na Suíça, tiveram amor fraternal, 500 anos de democracia e paz, e o que produziram? O relógio cuco."
trecho extraído do filme O terceiro homem de Orson Wells
Recomendo a leitura para quem quiser conhecer mais da vida da Imperatriz e não somente saber que ela era casada com Dom Pedro e suportou a presença da amante na corte.
Quem quiser acompanhar o Paulo Rezzutti, ele tem um canal no Youtube, muito bacana.
Avaliação: /
Nesse livro de Rezzutti escrito com uma narrativa deliciosa e com por base farta documentação inédita, como os diários da Imperatriz e também trechos em português dos livros do mercenário alemão Julius Mansfeldt.
Nessa biografia caminharemos com D.Leopoldina desde sua saída da Áustria, sua chegada e sua curta mas preciosa e agitada vida na nova corte. Paulo Rezzutti desmitifica a figura de mulher frágil, submissa e sem expressão política.
Sua correspondência é farta e interessante, com destaque para as cartas trocadas entre D.Leopoldina e sua irmã Maria Luísa na França. A cada vez que eu li os trechos das cartas que intercalam o passado e o presente. Ela confidenciava à sua irmã tudo o que se passava com ela, suas angústias, suas alegrias e o dia a dia no Brasil.
Passeando pelas 431 páginas você vai conhecer uma mulher culta (falava mais de um idioma), interessada por ciências, principalmente, mineralogia, e também conciliadora e que conseguia estabelecer o diálogo entre conflitos. Conselheira de Dom Pedro, por muitas vezes foi ouvida pelo Imperador, em outros momentos não.
O texto faz jus à essa grande mulher que realmente arquitetou a Independência do Brasil. Morreu jovem e por assim dizer triste com o descaso do marido e claro, seu relacionamento com a Marquesa de Santos.
Um ótimo texto para conhecer o outro lado da personalidade da Imperatriz e suas contribuições ao nosso país. A Imperatriz para sempre amada pelo povo brasileiro! (aqueles que conhecem a sua história, claro).
Uma das primeiras citações do livro, a qual eu gostei bastante:
"Na Itália, durante 30 anos sob os Bórgias, houve guerras, terror, assassinatos, sangue. Eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci, a Renascença. Na Suíça, tiveram amor fraternal, 500 anos de democracia e paz, e o que produziram? O relógio cuco."
trecho extraído do filme O terceiro homem de Orson Wells
Recomendo a leitura para quem quiser conhecer mais da vida da Imperatriz e não somente saber que ela era casada com Dom Pedro e suportou a presença da amante na corte.
Quem quiser acompanhar o Paulo Rezzutti, ele tem um canal no Youtube, muito bacana.
Por Letícia Alves
Avaliação: /
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