Diferenças...


Não é novidade que eu gosto de ler.
Em todas as leituras a gente sempre aprende coisas novas, reflete sobre algum tema e toma pra si alguma lição. Mesmo que eu não acredite no famoso, a moral da história, creio sim que as palavras quando ditas e/ou escritas podem transformar uma pessoa. Pois ela jamais será a mesma depois de uma leitura, e mesmo que releia esse livro, se transformará mais uma vez de acordo com a sua vivência, pois somos seres mutáveis. Não falo só da leitura que transforma, mas uma amizade, um filme, uma conversa, um pensamento consigo mesmo e por aí vai.
Bem, disse isso tudo, pra falar do livro que estou lendo atualmente: Eldest, o segundo livro da trilogia A Herança, mas que fiquei sabendo que terá um quarto livro chamado A Herança.
A trilogia, mais conhecida por Eragon (teve até um filme, que não faz jus ao livro), é resumidamente a história de um menino que se torna cavaleiro e seu dragão, Saphira. Classificado como literatura infanto-juvenil, passa facilmente despercebido de outros leitores, mas como sempre gostei de histórias consideradas fantásticas, cá estou eu.
Estou na metade do livro dois, e já pude trazer pra mim várias questões, o valor da amizade, a lealdade, a perseverança, entre outros valores humanos.
Vocês podem pensar: o que uma história infanto-juvenil pode nos trazer? E ainda mais, uma história não real que fala sobre a amizade entre um menino e um dragão?
Pois bem, em minha opinião, trouxe e ainda traz muitas lições sendo a primordial a amizade entre seres diferentes: um humano e um dragão.
Em um mundo no qual a intolerância e a violência tem sido constantes, perceber as diferenças, respeitá-las, realmente é o mais importante para a convivência entre os seres da mesma espécie. Por que na verdade o homem tem se mostrado mais selvagem e intolerante do que as próprias espécies classificadas como selvagem, no nosso caso, um dragão.


Queria compartilhar esse pensamento com vocês.


E o que me dizem?

Comentários

Oi Letícia!
Cheguei até você através das amigas Lunna e Francys.
Sei que é uma das autoras participantes desta nova edição do Diário, parabéns viu?

Pretendo estar na biblioteca no dia do lançamento.
Nos veremos então.

grande abraço!

Lu Cavichiloi
Anônimo disse…
Minha mãe adorou a trilogia, Let's! Eu ainda não li... E sempre me decepciono com filmes de livros que já li. Os filmes não chegam nem aos pés da nossa imaginação, né não?
Beijão procê.
Menina no Sotão disse…
Esse é o grande dilema. Respeitar as diferenças. Coisa difícil nos dias atuais. Sempre foi difícil, mas ultimamente estão exagerando. E não posso deixar de culpar os religiosos por isso com suas ideologias arcaicas, presas num histórico de pecado que foi inventado sabe-se lá por quem. Eles dizem que foi deus, mas este nunca se apresenta para dizer "fui eu" e seguimos com a intolerância, se julgando superiores. E cruxificam Hitler todos os dias, mas será que somos tão diferentes desse senhor assim? As vezes penso que não. E lamento cada gesto que colho com relação ao ódio, ao rancor, ao desafeto e a falta de respeito para com o outro que não é igual a mim. Eu aqui no meu canto, apenas dou graças por existirem pessoas diferentes de mim porque me dá a chance de ser diferente...


bacio

Ps. Gente continua me dando medo, viu?
Gosto muito de literatura infanto-juvenil, inclusive, um dos meus livros prediletos - daqueles que sempre visito -, é o Pequeno príncipe.
Ser criança pode estar próximo de uma leveza, inocência, mas não é apenas isso que me encanta nesse tipo de literatura, e sim, poder me enxergar enquanto criança, saber que a contante construção do meu eu, perspassa sempre pelo universo criança/adulto, ou seja, enquanto reeprendemos alguma criança por aquilo que pensamos ser defeito, em alguns casos, deveriamos simplesmente imitá-los.
Pandora disse…
Eu sou apaixonada por literatura fantastica, acho que brincando de imaginar o irreal os autores dessa linha falam muito serio, sobre coisas muito reais!

Eragon não é diferente... Enquanto a gente observa e vive o crescimento do cavaleiro Eragon e de Saphira a gente reflete sobre nosso próprio crescimento, aprende sim e muito.

Adorei a partilha Letícia, um prazer está por aqui!