Amor em sonetos....
Para intercalar minhas leituras (que andam muito lentas, mais que o normal), comecei devagarinho, o livro Cem sonetos de amor do grande Pablo Neruda, e ontem li esse soneto que posto logo abaixo, que achei de uma delicadeza ímpar. Bem como, também lindo.
Leiam!
AMOR, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.
Pablo Neruda
Comentários
Uma deliciosa leitura!
Beijos
Tenho... Amo...
Mas não sou compreendida...
vá entender!
bjo
Ps. Agora vou tentar me acostumar com esse vento fresco que vem do seu blog. kkkkkkkkk