Espelhos quebrados... Sonhos despedaçados...
Se o espelho reflete uma imagem é natural que essa mesma imagem seja real e corresponda ao que está em frente a ele.
Mas e quando essa imagem desaparece? Foi tragada para dentro do espelho e a imagem refletida não está mais lá. O que fazer?
Todos os dias ao olhar no espelho vemos refletido nele a verdadeira essência que somos, percebemos nosso olhar, o brilho ou não dos olhos, o sorriso contido ou franco, os gestos, o corpo.
Diante daquele painel laminado estamos despidos de nós mesmos, pois ali não há máscaras, não há farsas, você se vê, se conhece, se projeta.
Naquele momento de reflexão, refração, distorção, você conversa com seu Eu, faz planos, se elogia ou mesmo derrama lágrimas, se entristece, se aborrece.
Companheiro, confidente, aquele que te mostra sempre por inteiro.
Mas se o espelho se quebra e se desfaz em mil pedaços, leva consigo toda aquela ilusão, aqueles desejos, vontades e emoções...
Sonhos despedaçados...
É melhor não tentar colar os fragmentos deixados no caminho, siga em frente, varra os cacos, jogue fora, ficou no passado. Compre outro espelho e se projete para o novo, para novos sonhos, novas ilusões, novos sorrisos, novas vontades, novos ares, e por que não: novas Tempestades!
Letícia Alves
Trilha do momento
Cidadão Quem
O Amanhã Colorido
Comentários
Olhei no espelho e não me vi
Quem é você?
Me perguntei, não respondi
Para de me olhar
Com essa cara de mim
A vida inteira pra me achar
Só pra me perder no fim
Quem me encontrar, por favor, devolva-me!
bjos
Sempre odiei o espelho... Acho que na verdade ter que olhar pra mim mesma nunca foi uma coisa muito fácil...
Beijocas
a vida não para, mas nós podemos parar de vive-la senão seguirmos em frente.
vamos nos projetar para o futuro, andar para frente sempre!
beijos!!
Belo seu texto...
assim esses espelhos dos nossos Eu...
Grande Abraço moça!
Vc me lembrou de um poema da Cecília Meireles:
Mulher ao espelho
Hoje, que seja esta ou aquela,
pouco me importa.
Quero apenas parecer bela,
pois, seja qual for, estou morta.
Já fui loura, já fui morena,
já fui Margarida e Beatriz,
já fui Maria e Madalena.
Só não pude ser como quis.
Que mal fez essa cor fingida
do meu cabelo, e do meu rosto,
se é tudo tinta: o mundo, a vida,
o contentamento, o desgosto?
Por fora, serei como queira,
a moda, que vai me matando.
Que me levem pele e caveira
ao nada, não me importa quando.
Mas quem viu, tão dilacerados,
olhos, braços e sonhos seus,
e morreu pelos seus pecados,
falará com Deus.
Falará, coberta de luzes,
do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes,
outros, buscando-se no espelho.
Beijos!
O melhor espelho são os olhos de quem nos ama.
Beijinhos
O espelho é como uma bússola: reflete, sem dúvida, o ponto onde estamos.
Pois eu cada vez gosto menos de espelhos kkkk