Eternas...



Cartas, missivas, correspondências....
Em tempos de mundo virtual e urgência de vida, as cartas viraram e-mails, torpedos, e toda a forma de comunicação eletrônica. Tudo é urgente, é pra ontem, e há pessoas que trabalhando conectadas à Internet, atualizam a página do webmail para não perder nenhuma mensagem que possa ter chegado. O que na maioria das vezes é spam....
Existem spams em papel também. Acreditam? Pois podem acreditar, são as famosas malas diretas que aparecem na caixa de correio, e aqueles folhetos de propaganda? Pizzaria, tele-gás, dentistas, médicos, etc....
Podem me chamar de saudosista, mas pra mim, as cartas sempre serão eternas. Escolher o papel para escrever, as palavras, o envelope, a caneta e até o tipo da letra, levar ao correio. Daí você recebe uma resposta pessoal, com palavras carregadas de sentimento direcionadas somente a você e a ninguém mais, é outra sensação.
O e-mail padronizado, a fonte Times New Roman (detesto essa fonte), a letra maiúscula (que na linguagem da internet quer dizer que seu interlocutor está gritando), e outras ferramentas mais, nunca vão substituir a personalidade e a pessoalidade da carta.
Sou adepta das cartas sim, mesmo utilizando a Internet como ferramenta de trabalho/estudo e por vezes de lazer. São as linhas do papel que me atraem verdadeiramente, e me conduzem durante a escrita a pensamentos distantes, independente se felizes ou não, pois se estou me correspondendo com alguém, os assuntos sempre variam assim como nosso humor.
Um exemplo sobre a relação das cartas e das pessoas está no filme clássico Nunca te vi, sempre te amei, o qual foi inspirado no livro de mesmo nome escrito por Helen Hanff. É um filme autobiográfico que nos mostra como a correspondência entre duas pessoas por longos 20 anos pode mudar a história de vida de uma pessoa.
Enfim, seja a correspondência em papel ou eletrônica, com certeza ela muda nossas vidas, e cada um é livre pra escolher, ou pra utilizar os dois.
A eternidade que conta são os sentimentos vividos!

Comentários

Anônimo disse…
Cartas ou emails, o que conta é que sejamos sempre alimentados de palavras, de espectativas.
Eu gosto de cartas, apesar de há tempos receber apenas contas e extatos bancários.
Mas a espectativa de notícias, vindas por emails, vivo todo dia!

Bjs!
Monday disse…
Le, deu saudade agora ... eu escrevia tantas cartas quando era adolescente que o pessoal da agência do correio até me adotou ... eles fechavam a agência e eu ficava do lado de dentro ... rsss
outro dia procurei algum lugar que tivesse papel de cartas, queria fazer uma surpresa para uma pessoa ... só tinha aquelas coisinhas ridículas de menininha de 13 anos ....
bah... pena que fecharam a Chelsea Store do Shopping Ibirapuera: além de ser uma loja linda e diferente, tinha os mais belos papeis de carta que eu já vi ...
e concordo contigo: nada substitui uma carta escrita a mão ...
Anônimo disse…
Olá Tempestade, cheguei aqui através do blog da Lígia,
e gostei muito de sua página, que já estou acompanhando,
espero que não se incomode.

Abraços Literários.
Marcos Miorinni

porentreletras
janelasetravessias
oficinadefragmentos