[CONTOS] Os assassinatos na Rua Morgue - Edgar Allan Poe
Cena do filme de mesmo nome do ano de 1932 POE, Edgar Allan. Medo Clássico: contos inéditos do autor. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2017. Volume 1, p.117-154. |
Dando sequência ao projeto de leitura #12mesesdePoe, o conto de Abril é o famoso "Os assassinatos na Rua Morgue", escrito em 1841 e se passando em Paris. Digo famoso, pois em algum momento da vida já nos deparamos pelo menos com o título desse conto.
Assim como outros contos de Poe, esse também já teve adaptações para outras formas de arte, incluindo o cinema (como na cena acima), se lhe interessa a primeira adaptação cinematográfica do texto, aconselho a visitarem uma postagem bacana que encontrei. Acesse nesse link aqui.
Na minha edição de leitura da Darkside, esse conto esta no bloco de histórias do Detetive Dupin (para saber mais sobre a divisão dos contos nessa edição, clique aqui.) Dessa vez, só li nessa edição e não em outro livro que tenho. Mas vamos lá!
Esse conto é quase um mini-livro já que tem mais de 30 páginas, mas quanto mais você lê, mais quer saber o que realmente aconteceu naquele apartamento. Quem são as pessoas assassinadas, a motivação e principalmente, quem é o assassino.
Sabemos que Poe vai ser o precursor do gênero policial através da construção de seu famoso detetive Dupin, que irá influenciar a partir daí os outros escritores vindo após ele.
Nessa história em particular, vamos caminhando com Dupin para descobrir o que realmente ocorreu na Rua Morgue, através da sua atenta observação dos fatos, das pessoas e do ambiente. Dessa forma, ele constrói toda a possível narrativa, agregando informações através do contato com as pessoas provavelmente envolvidas na questão e através da sua observação atenta.
Através da indução Monsieur Dupin e com a permissão do chefe de polícia, investiga a cena do crime, que é horrível, com mãe e filha mortas e uma delas escalpelada. Conseguindo assim reconstruir todo o caminho e através da coleta de pistas que passaram desapercebidas pela polícia, chega à identidade do assassino, que pasmem, não é humano. Mas não vou falar mais, senão entrego o assassino e o final da história.
O grande momento e mote da construção desse conto policial de horror, é que temos todos os elementos do gênero policial moderno, e a diferença é a do assassino não ser um humano e por isso, não poder pagar pelos seus atos.
Leiam! pois quanto mais eu lia, mais ficava curiosa para saber quem era o misterioso assassino e sua motivação. Vocês vão se surpreender.
Vou deixar aqui um filme do conto, que está disponível no Youtube, espero que não tirem, pois já é considerado domínio público.
E até o conto de Maio que será O poço e o pêndulo, esse conto está naquele livro 1001 livros para ler antes de morrer.
Por Letícia Alves
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