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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Mapa de influências literárias

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Internet é cheia de coisas interessantes (basta saber procurar). Nesses últimos dias, vi em vários perfis no Facebook, o mapa de influências e fiz o meu. Quem quiser fazer, o link é esse  aqui . Você tem que baixar as fotos para montar seu mapa, pode ser de influência em qualquer área. Bora?

Entre pontos - J.L.Amaral

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AMARAL, J.L. Entre pontos . São Paulo: [ Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda], 2017. 161 páginas. Se você gosta de histórias humanas e que nos afaga o coração, te convido a ler essa pequena joia. Entre pontos foi finalista do Prêmio Kindle de Literatura em 2017 e conheci esse livro através da resenha e indicação do canal TLT da Tatiana Feltrin (que quiser acompanhar o trabalho dela, dá uma pesquisada no Youtube e verá conteúdo de qualidade).  Sendo assim, fui lá conhecer a história de Pedrinho, Seu Álvaro e dezenas de outros personagens.  J.L.Amaral usa do cotidiano, um ônibus, motorista e cobrador, um menino atento e os passageiros da linha 106-A em São Paulo para nos contar histórias de amor, tristeza, superação, e o mais importante, humanidade. 44 anos depois, o nosso protagonista, Pedrinho volta ao banco atrás do motorista e relembra toda a sua infância e adolescência e as histórias e pessoas entre os pontos inicial e final da linha onde seu Álvaro, motor

A mão e a luva - Machado de Assis

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ASSIS, Machado de. A mão e a luva . Porto Alegre: L&PM, [2009]. 160 páginas. A mão e a luva é o segundo romance de Machado de Assis, e foi publicado em folhetim no ano de 1874. Nos conta a história de Guiomar, moça de infância pobre, mas agraciada como filha pela Baronesa, tem que escolher entre três pretendentes em sua vida adulta.  Temos Estevão, rapazola apaixonado por Guiomar há tempos, seu amigo Luís Alves, que nos fala que teve apenas um flerte com moça, que durou apenas 24 horas e, por fim, seu primo Jorge. Esse último, o queridinho de sua tia, para que contraísse matrimônio com nossa personagem principal. A trama se desenvolve ao longo de 19 capítulos e nos mostrando o Rio de Janeiro daquela época, os costumes e como esses personagens convivem e vivem com suas questões pessoais e no caso, amorosas. A dúvida de Guiomar em escolher remete à própria indecisão da sociedade daquele época, já respirando alguns ares de transformações, sejam culturais, política

[CONTOS] Berenice - Edgar Allan Poe

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Ei, gente! E continuando no projeto de leitura conjunta #12mesesdePoe, o conto lido em Fevereiro se chama Berenice. POE, Edgar Allan. Medo Clássico : contos inéditos do autor. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2017. Volume 1, p.233-243 . Escrito em 1835, Berenice é um conto em que o narrador, chamado Egeu, vai nos contar sobre ele, sem falar o sobrenome da família, e logo, de Berenice, sua prima. O narrador vive na mansão que foi dos seus pais (já falecidos), com outros membros da família, como Berenice e os empregados. Já inicia a narrativa falando que "A infelicidade é múltipla." olha a Berenice aí!  Intuímos então que o narrador é alguém que vê o mundo com certo pessimismo. Vamos caminhando junto com ele, e sabemos que é portador de uma doença, e pela descrição, não se assemelha à nada físico, mas sim mental. Pois bem, ao contrário dele, Berenice sempre foi cheia de vigor, bela e faceira. Até que um dia, uma doença se ab

[CONTOS] O coração delator - Edgar Allan Poe

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Ei, gente! Vamos começar a passear pelos #12mesesdePoe. Se você ainda não sabe do que estou falando, veja aqui . Então vamos conversar sobre o conto lido em Janeiro, que na minha edição da Darkside Books tem como título O coração delator. Minha edição bonitona e o cronograma de leitura anual. ;) POE, Edgar Allan. Medo Clássico: contos inéditos do autor. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2017. Volume 1, p.107-112. Vou falar em linhas gerais, pois, quando se trata de contos, se aprofundarmos muito, entregamos o final da história. Nessa edição que estou lendo, os contos foram separados por temática, então os blocos temáticos são: Espectro da Morte Narradores Homicidas Detetive Dupin Mulheres Etéreas Ímpeto Aventureiro O corvo O conto de Janeiro está no bloco de Narradores Homicidas, acho que temos uma pista aí, não é mesmo! O ponto central do conto, escrito em 1843,  é o incômodo do narrador com o olho do velho. Por dias, o narrador segue espiand

Piaf: uma vida - Carolyn Burke

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BURKE, Carolyn. Piaf : uma vida. São Paulo: Leya, 2011. 392 páginas Minhas canções são a minha vida.  Eu não quero ser mais do que uma lembrança.  Edith Piaf Com essa frase incia-se nossa incursão pela vida de Piaf. Uma vida marcada por desafios, desde seus primeiros anos de vida até a sua morte.  Piaf nasce em 1915 e morre no ano de 1963. Abandonada pela mãe ainda pequena, é seu pai alcóolatra e circense que leva a pequena Edith para seus shows de rua, onde a menina passa recolhendo dinheiro que ofereciam em agradecimento às apresentações de seu pai. Posteriormente, a própria Edith estará na mesma situação. É descoberta em 1935, por Leplée ao redor de Pigalle em Paris, cantando na rua. É o próprio Leplée que a batiza de la Môme Piaf, ou em português, o pequeno pardal. Nome que a fará conhecida no mundo inteiro. O símbolo francês da chanson daquele país. Carolyn traça a vida de Piaf no livro em 16 (dezesseis) capítulos divididos em épocas

Última hora - José Almeida Júnior

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ALMEIDA JÚNIOR, José. Última hora . Rio de Janeiro: Record, 2017. 352 páginas. Livro de estreia do autor e vencedor do prêmio SESC de Literatura em 2017, Última hora é um romance histórico que nos leva aos anos da década de 1950 do século passado. O contexto da narrativa se dá no governo de Getúlio. E o jornal foi criado com o intuito de ser propagandista do governo. Samuel Wainer é amigo do presidente e dono do jornal. Intrigas nos bastidores, efervescência política, o partido comunista na clandestinidade é o cenário ideal para conhecermos o que se passava àquela altura na República. Nosso personagem principal, Marcos, é um comunista indignado com os rumos da política getulista, mas se rende, pelo menos é o que deixa transparecer, ao aceitar o emprego no jornal. Ao lado de figuras conhecidas como Nelson Rodrigues que cria o seu famoso A vida como ela é... que nasce como coluna do jornal. Carlos Prestes com seu jornal A tribuna, que ataca veementemente Getúlio e sua polític